segunda-feira, fevereiro 20, 2006

Santa Casa da Misericordiosa Discórdia

O que será que vai mal no reino da misericórdia ao ponto de ter vertido para a via publica um chorrilho de acusações e insultos na forma de um claro e deliberado ataque pessoal á figura do seu provedor?
Note-se que não estamos aqui de forma alguma a defender a figura do provedor, mas sim a questionar como é que é possível que uma situação destas venha, da forma como tem vindo, ao domínio público, para mais tratando-se de uma das instituições mais respeitadas do concelho? Achamos que a Santa Casa claramente dispensa este género de publicidade e tratamento e merece mais respeito, mas agora que o mal estar derramou para a via publica impere que sejam clarificadas pelo Dr. Manuel Arcêncio ( actual provedor da Santa Casa ) as acusações que clara e abertamente lhe são feitas pelo Dr. José Augusto Gurgo e Cirne, sob pena de, como diz o povo, “ Quem cala consente” e se assim for, ou seja, se as acusações se provarem ou pelo menos não se desmentirem, é uma vergonha tremenda !
Dada a forma como esta questão veio a terreiro, este “mal estar” deixou de ser uma questão a tratar internamente entre a irmandade (como vem agora sugerir o Dr. Manuel Arcêncio ), mas sim a clarificar junto de toda a população murtoseira.

Verdade seja dita que não se nos afigura plausível que acusações tão claras e objectivas como as que foram proferidas pelo Dr.José Augusto Gurgo e Cirne, tais como :

*- O Custo exorbitante com aquisição de um computador, por mero capricho do provedor quando tal não se justificava…
* - Postura do provedor (regime de tirania instaurado…)
* - Decisões eticamente duvidosas (Direcção técnica do infantário ter sido entregue á esposa do provedor, tendo-se para tal procedido a alterações de organigramas a fim de adaptar a circunstancia a quaisquer objectivos pessoais) e contratações dúbias como o namorado da directora técnica contratado para funções de segurança.
* - A inutilidade/ineficácia do Serviço de Apoio Domiciliário
* - Diferendos com funcionárias
* - O espólio bibliográfico

...referindo as que nos parecem mais graves e/ou importantes, se afigurem que tenham sido feitas de ânimo leve e/ou sem forma de sustentabilidade ademais dada a sua gravidade e exposição publica fora dos meandros da Irmandade, que fiquem sem uma clara explicação na forma de um desmentido ou confirmação por parte do provedor Dr. Manuel Arcêncio seria indubitavelmente dar a mão á palmatória.

Caso não o faça de forma digna, clara, inequívoca e sucinta, a sua postura é de uma arrogância fora de série, petulante e comprometedora, dada a interpretações que possam sugerir que as acusações proferidas contra si têm de facto fundamento e se assim o é o provedor actua como um imberbe “enfant” com um brinquedo novo que não quer que lho tirem, fugindo a 7 pés e de olhos fechados, num claro entendimento de que aquilo que ele não vê e se recusa a ver, não existe…. Até bater contra a parede, com as inerentes consequências.
“It’s my way or the highway” parece ser o lema reinante nos dias que correm pelos reinos discordantes da Santa Casa.


A resposta no passado dia 19 Fevereiro, dada no seu blog, difere um pouco da outra dada a 28 de Novembro 2005 intitulada “ O Novo Provedor? “, pois enquanto na primeira assume uma resposta individual, no escrito mais recente assume uma postura directiva, falando em nome da Mesa Administrativa, ambas as posturas têm o seu enquadramento, dependendo da leitura que se faça das acusações e subsequentes respostas, no entanto impere-nos uma ressalva, aos dois, a adjectivação utilizada pelos dois intervenientes, O FAT e o COBARDE e IGNORANTE, não prestigia nenhum, pois verdade seja dita que enquanto a primeira é uma clara provocação, só ao alcance de quem o entenda e esteja “por dentro” da vivência descrita, a segunda é má criação nua pura e crua o que em nada dignifica quem ocupa um cargo directivo e a quem se exige alguma elevação nestas matérias.

É óbvio que existe pela postura tanto de quem acusa como de quem é acusado um “ódio de estimação”, mas meus senhores, ou tratam isto dentro de portas (convoquem uma assembleia extraordinária e justifiquem-se perante os irmãos) ou se não são capazes de dignificar a instituição que representam ou representaram afastem-se da mesma, agora usa-la como arma de arremesso no que parece ser uma disputa pessoal é uma falta de respeito pela instituição e uma imbecilidade. Nada nos move nem contra um nem a favor do outro, somente lamentamos profundamente ver uma instituição tão digna como a Santa Casa envolvida em polémicas e situações dúbias que nada abonam nem a seu favor nem a favor de quem se vê envolvido nelas.