Ó Professor, mas que desgosto...
Foi com alguma surpresa e muita tristeza que li a noticia que de seguida transcrevo, onde só posso lamentar profundamente o sucedido.
Pelo pouco que conheci do Prof., pelo que li e ouvi de pessoas que privaram com ele acredito piamente que o desgosto abarca com esta atitude dois mundos e onde quer que esteja, quiçá lhe reste o desejo que um dia , uma dia...... o seu espólio seja devolvido a quem de direito ou seja , á sua bela e amada Murtosa...
“Município de Estarreja Dixit: “
No dia 22 de Maio, pelas 12h00 , na Casa da Cultura de Estarreja , procedeu-se à escritura de doação à Câmara Municipal do espólio literário do Prof. Jaime Vilar, por vontade da sua viúva ,
D.Augusta Ramos.
Nascido no Bunheiro, em 1927, desde cedo revelou apetência para as letras, influenciada pela sua frequência de Seminários em Portugal e Espanha, que veio a abandonar por razões de saúde. Daí, regressado à Terra Natal, dedicou grande parte da sua vida ao estudo , ensino e divulgação do seu profundo conhecimento, extravasando sempre uma forte veia bairrista, que se tornou em referência incontornável da Cultura Marinhoa.
Leccionou no Externato S. João de Brito , na Murtosa , e no Colégio/Externato Egas Moniz , em Estarreja, as disciplinas de Português, Latim, História e Filosofia, deixando em todos os que com ele conviveram enorme saudade, sentida ainda hoje pelos seus antigos alunos e colegas.
Foi Presidente da Junta da Freguesia do Bunheiro e Vereador da Câmara da Murtosa , além de funcionário dessa mesma Autarquia.
Inteligente e humilde, derramou o seu saber em centenas de textos espalhados por jornais de Estarreja e Murtosa , que dele obtiveram, sempre, tudo o que se lhe pedia . Foram anos e anos de colaboração desinteressada , que continuaram na Radio Moliceiro, de Pardilhó, e que culminaram com os deliciosos programas " Ao sabor da maré " na Radio Voz da Ria .
Reconhecida é a sua faceta de melómano, sendo em Pardilhó e na Banda Clube Pardilhoense que, como executante, deu asas à sua viva sensibilidade artística. Apaixonado pela cultura Marinhoa, publicou o seu 1º livro , " BARCO MOLICEIRO. Que futuro ? " , manual simples, mas ainda de grande utilidade para melhor conhecimento do barco e do homem da Ria. Depois , veio a lume
"HISTÓRIAS POR CONTAR" , repositório de histórias, algumas da sua própria vida , outras de casos e costumes do seu tempo, outras ainda fruto da sua brilhante pena.
E já na Biblioteca da Murtosa publicou a biografia de " RUY DO VOUGA " , poeta Murtoseiro desconhecido da grande maioria dos conterrâneos. Nos últimos anos de vida , foi tentando a recolha de tradições em vias de extinção , de biografias de Murtoseiros ilustres, da migração de muitos outros por várias partes do País, iniciando um trabalho que certamente será de grande utilidade para aqueles que queiram continuar a sua dedicada pesquisa e um dia escrever a nossa História colectiva. Nunca escondeu a especial preferência por Estarreja e as suas gentes, a que não será alheio o facto de aqui ter vivido os melhores anos da sua vida quando espalhava no Colégio o seu imenso saber, também demonstrada na constante colaboração na Imprensa e Radio locais, defendendo a sua terra, os nossos costumes e, sobremaneira, a Cultura que nos une.
Na " pagela " que a extremosa viúva , D. Augusta , publicou aquando do seu falecimento em 1999, podemos ler " NINGUÉM MORRE QUANDO FICA VIVO NO CORAÇÃO DE ALGUÉM " , feliz pensamento de Santo Agostinho que no Prof. Jaime Vilar faz verdadeira fé.
Com a presente doação do espólio literário, Estarreja sente-se grata pelo simbolismo do gesto e pela valiosíssima memória que a família deposita nas mãos do Município
Sem qualquer outro comentário possível pois a tristeza não o permite.
Pelo pouco que conheci do Prof., pelo que li e ouvi de pessoas que privaram com ele acredito piamente que o desgosto abarca com esta atitude dois mundos e onde quer que esteja, quiçá lhe reste o desejo que um dia , uma dia...... o seu espólio seja devolvido a quem de direito ou seja , á sua bela e amada Murtosa...
“Município de Estarreja Dixit: “
No dia 22 de Maio, pelas 12h00 , na Casa da Cultura de Estarreja , procedeu-se à escritura de doação à Câmara Municipal do espólio literário do Prof. Jaime Vilar, por vontade da sua viúva ,
D.Augusta Ramos.
Nascido no Bunheiro, em 1927, desde cedo revelou apetência para as letras, influenciada pela sua frequência de Seminários em Portugal e Espanha, que veio a abandonar por razões de saúde. Daí, regressado à Terra Natal, dedicou grande parte da sua vida ao estudo , ensino e divulgação do seu profundo conhecimento, extravasando sempre uma forte veia bairrista, que se tornou em referência incontornável da Cultura Marinhoa.
Leccionou no Externato S. João de Brito , na Murtosa , e no Colégio/Externato Egas Moniz , em Estarreja, as disciplinas de Português, Latim, História e Filosofia, deixando em todos os que com ele conviveram enorme saudade, sentida ainda hoje pelos seus antigos alunos e colegas.
Foi Presidente da Junta da Freguesia do Bunheiro e Vereador da Câmara da Murtosa , além de funcionário dessa mesma Autarquia.
Inteligente e humilde, derramou o seu saber em centenas de textos espalhados por jornais de Estarreja e Murtosa , que dele obtiveram, sempre, tudo o que se lhe pedia . Foram anos e anos de colaboração desinteressada , que continuaram na Radio Moliceiro, de Pardilhó, e que culminaram com os deliciosos programas " Ao sabor da maré " na Radio Voz da Ria .
Reconhecida é a sua faceta de melómano, sendo em Pardilhó e na Banda Clube Pardilhoense que, como executante, deu asas à sua viva sensibilidade artística. Apaixonado pela cultura Marinhoa, publicou o seu 1º livro , " BARCO MOLICEIRO. Que futuro ? " , manual simples, mas ainda de grande utilidade para melhor conhecimento do barco e do homem da Ria. Depois , veio a lume
"HISTÓRIAS POR CONTAR" , repositório de histórias, algumas da sua própria vida , outras de casos e costumes do seu tempo, outras ainda fruto da sua brilhante pena.
E já na Biblioteca da Murtosa publicou a biografia de " RUY DO VOUGA " , poeta Murtoseiro desconhecido da grande maioria dos conterrâneos. Nos últimos anos de vida , foi tentando a recolha de tradições em vias de extinção , de biografias de Murtoseiros ilustres, da migração de muitos outros por várias partes do País, iniciando um trabalho que certamente será de grande utilidade para aqueles que queiram continuar a sua dedicada pesquisa e um dia escrever a nossa História colectiva. Nunca escondeu a especial preferência por Estarreja e as suas gentes, a que não será alheio o facto de aqui ter vivido os melhores anos da sua vida quando espalhava no Colégio o seu imenso saber, também demonstrada na constante colaboração na Imprensa e Radio locais, defendendo a sua terra, os nossos costumes e, sobremaneira, a Cultura que nos une.
Na " pagela " que a extremosa viúva , D. Augusta , publicou aquando do seu falecimento em 1999, podemos ler " NINGUÉM MORRE QUANDO FICA VIVO NO CORAÇÃO DE ALGUÉM " , feliz pensamento de Santo Agostinho que no Prof. Jaime Vilar faz verdadeira fé.
Com a presente doação do espólio literário, Estarreja sente-se grata pelo simbolismo do gesto e pela valiosíssima memória que a família deposita nas mãos do Município
Sem qualquer outro comentário possível pois a tristeza não o permite.
11 Comments:
Foi com alguma tristeza que tomei conhecimento desta noticia. Porque^ o município de Estarreja? O que terá levado a viúva do Prof. Jaime Vilar a tomar uma atitude destas? O Prof. que tanto fez pela sua terra e agora o seu espólio foi parar ao concelho vizinho. Não entendo. Mas a Sra. lá terá as suas razões. De qualquer forma gostaria de ver este assunto mais especificado se for possivel. Como estou muito longe muitas vezes é através dos blogs murtoseiros(que leio diáriamente) que tenho conhecimento desses pormenores que por aí se passam e que não vem nos”grandes” jornais.Um abraço.
Mais um motivo para esta malta estar caladinha...
Esse motivo é sobejamente conhecido e na devida altura já veio explicada num grande jornal que na altura até tinha um papel muito rijo para os americanos e restantes limparem o tutu...
a memória é muito curta, não é, sr . estoriador?
Que estranho só se lembrarem do homem depois de morto...
Curioso que ele em vida queixou-se muitas vezes que já ninguém lhe ligava nada, nem queria saber dele.
E só agora é que vêm aqui apregoar a memória de quem não conhecem pêva, nem muito menos são alguém para questionar decisões de quem de direito e alheias...
Pelo menos o espólio está melhor naquela nova biblioteca e em melhores condições e acessibilidades.
O comentário do "amigo anónimo" é descabido e despropositado na forma como o apresenta, deixo-o ficar ..porque deixo...
No entanto é a outra "face da moeda" revelada no comentário do Pedro Leiras em duas aspectos :
1º A história de Portugal está repleta de quem só na morte lhe foi dado o devido valor,aqui o Pedro está coberto de razão e o saudso Prof. não escapou a esta sina lusitana.
2º - As condições em que o espólio seria guardado na Murtosa creio poder levantar alguns "senãos", pelo menos para já, quando o
Ed. Tavares Gravato estiver "operacional" a história poderá ser outra.
No entanto tenho imensa pena, independentemente de toda a envolvente na matéria (e esse foi o prpósito dest epost) que tão valioso espólio Murtoseiro não seja retido na Murtosa.
Obrigado Pedro pelo contributo e obrigado "American Woman" tb pelo seu contributo e é sempre bom saber que este blog desperta interesse na nossa comunidade fora da Murtosa e de Portugal.
Humm, a sra. american woman tem a sorte de ter um teclado com acentos nas américas...coisa rara. Ou será que a américa fica na Murtosa?
E o que é que é mais importante sr.Anónimo? Onde a dita senhora reside ou o teor do seu comentário ?
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Temos um anónimo com a mania que é inteligente e que me parece conhecer muito pouco da realidade!
É perfeitamente normal, os teclados na América terem acentos, podendo apenas ter uma configuração diferente, além disso existem programas de correcção ortográfica de lingua porguesa que resolverão eventuais lacunas a esse nivel.
Parece-me que este é o senhor anónimo que de vez em quando pretende minar os vários bloggs da nossa terra, e como não sabe dizer nada de jeito, limita-se a dizer mal de tudo o que é escrito!
É uma pena, que em vez de comentarem os posts as pessoas descarreguem as suas frustações!
quanto ao saudoso Porfessor Jaime Vilar, parece-me que já em vida ele preferia o Concelho vizinho em detrimento da sua terra, e possivelmente teria as suas razões, agora esse facto não impede que os murtuseiros se sintam tristes e inconformados, pela perda de tão valioso espólio...
é bom continuar a desenterrar estes temas,pois apesar de por vezes serem ditas coisas menos reais ou verdadeiras, estes posts permitem-nos partilhar ideias, alargar conhecimentos e uma troca de informações saudável, desde que se aceite que outras pessoas poderão ter algo de diferente para nos dizer ou ensinar!
É sempre positivo falar sobre a nossa terra
Obrigado Ana,
Tens toda a razão no teu comentário, aliás o comentário do Pedro Leiras sobre esta questão é uma evidência clara do que acabas por afirmar.
Quanto ás razões do Prof ou dos seus descentedentes, só Deus e eles saberão, restando somente uma verdade insofismável :
A Murtosa ficou a perder...
Pois é sr. anónimo… o sr. parece-me um bocadinho ignorante.. Como diz a Ana Tavares, existem programas de correcção ortografica, e além disso os acentos existem nos teclados que usamos aqui nos USA, é só uma questão de procurar...Só funciona é no” Word”. Depois é só fazer “copy” & “paste” e pronto. Tão simples quanto isso. E já agora : qual seria o interesse em dizer que estava nos USA se realmente não fosse verdade? Isto há cada um...
Parece que certas pessoas se preocupam mais com quem comenta do que própriamente o que se comenta.
Esse não é o prpósito deste blog, se bem qu edentro de determinados limites, anónimos ou não têm pleno direito ás suas opiniões, concordem ou não com o teo rdo post por mim publicado.
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