quinta-feira, janeiro 10, 2008

Lei do Tabaco

Esta lei do tabaco que desde 1 Janeiro domina a vida dos portugueses, sejam eles fumadores ou não apresenta-se como um reflexo ditatorial dos tempos que vivemos neste pequeno aterro á beira mar plantado.

Se não vejamos (e desde já fique claro que não somos fumadores…)

É inegável e nem sequer vamos aqui estar a dissertar sobre os malefícios do tabaco, no entanto um fumador, só pelo facto de o ser, perde direitos?
Que seja proibido fumar em hospitais, escolas, centros comerciais ou seja em recintos de uso e utilidade pública pois muito bem, agora que seja proibido fumar em restaurantes, cafés, bares e discotecas já é chegar bem perto do exagero.

- Porque é que não se facultou aos proprietários dos ditos estabelecimentos a opção de escolha entre um local onde seja permitido ou não o fumo, independentemente da sua área, já para não falar na obrigatoriedade de instalação de mecanismos que em primeiro lugar não estão comprovados que cumpram efectiva e eficientemente as normas
pré-estabelecidas e em segundo lugar sendo que essas mesmas normas pré-estabelecidas estão normativamente ligadas a uma lei que está prevista entrar em vigor a 01 Janeiro 2009 (Lei da Qualidade do Ar)…
A opção de escolha do cliente é vasta, ademais é dado ao proprietário do estabelecimento uma opção concorrencial, no fim optando por um modelo ou outro, o lucro ou prejuízo da decisão é somente sua, em nada o cidadão é prejudicado.

Aquando da discussão e implementação das salas de chuto, não se ostracizaram os toxicodependentes da forma como o estão a fazer aos fumadores e aqui sim poder-se-ia perguntar para quando uma lei que proíba de forma eficiente e eficaz a venda de droga nas ruas e o consumo na rua a olhos vistos? A lei até pode penalizar e até pode considerar tais factos e penaliza-los, mas a realidade é aquela que nos entra pela vida dentro todos os dias via os noticiários televisivos e os jornais.

Foi engraçado ver a figura Mor e de Proa da A.S.A.E.sentado no Casino a fumar uns atrás dos outros, advogando que os Casinos eram uma excepção á regra, por isso a sua conduta não era de forma alguma reprovável, com posturas destas ainda nos admiramos quando este “braço armado da ignóbil moral” passa autos em estabelecimentos de restauração porque os cabos das facas não têm todos a mesma cor….

O impacto que esta lei terá nos estabelecimentos Murtoseiros, cremos que ainda estará por apurar, sendo que ao trilharmos estes caminhos, da forma como o estamos a fazer, qualquer dia o mero exercício de acender um cigarro em via pública será visto da mesma forma como um toxicodependente que decida injectar-se na via publica á vista de todos.

Haja moderação e bom senso…

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Imitamos os outros no pior.Penso que estas medidas ou similares já foram tomadas por terras de uncle sam. Rectificar e aplicar Quioto, nem pensar.Puritanismos para quê?
Tabaco a "mil paus", multas pesadas quer por "ter cão ou não" (ver algarve dia um de janeiro).
Como é que se impõe uma lei, que não está regulamentada.Engana-se o povo: dá-se opção de escolha mas não se informa como se pode estar legal. É mais perigoso fumar num estabelicimento da Praça de Pardelhas do que traficar na mesma.

sexta-feira, 11 janeiro, 2008  

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