sábado, julho 30, 2005

Pardelhas a Freguesia – Parte II

No post anterior tinha mencionado que em meu entender existem duas grandes injustiças no concelho,uma é Pardelhas estar remetida á posição de um mero lugar a outra injustiça é a Praça Jaime Afreixo.

A Praça Jaime Afreixo é uma injustiça por duas razões:
1ª – Pela importância histórica do seu contributo deveria a nossa homenagem ser-lhe prestada na Sede de Concelho e não num lugar do concelho.
2ª – Pela praça ter sido extropiada da figura mais emblemática do concelho, a Varina.
O Jaime Afreixo já se foi mas as varinas ainda por cá continuam...

Se existiu a “coragem” ( todos a relatam como tal mas pessoalmente não vejo a questão dessa forma ) de recuperar o Edificio Tavares Gravato e lhe dar um propósito nobre e de utilidade publica então que se tenha tambem a coragem de corrigir estes clamorosos erros e repor a verdade histórica :
Restituir a Varina ao seu lugar de Origem e de Direito “O centro do Concelho”
Restituir Pardelhas á sua posição condigna dentro da estrutura do concelho.
Homenagear de forma justa e condigna Jaime Afreixo, na sede do concelho e não num lugar.

Já li por esses bolgs fora que esta pretensão visa somente “matar” saudosimos de uns quantos, felizmente que esta e outras afirmações do género não são produzidas pelos “Filhos da Terra” apesar de ser nesta terra que vivem, que os acolheu e onde recolhem alguma notoriedade mas que tantos defeitos lhe apontam...

Se algum dia aparecer no centro da praça um marco de granito com a seguinte inscrição: Murtosa, foi aqui em PARDELHAS que tudo começou “ já sabem quem é o autor da proeza....

sábado, julho 23, 2005

Pardelhas a Freguesia – Parte I

Pelo seu passado histórico na origem da Murtosa, pelo seu presente no quotidiano do concelho é inglório remeter-se a simples “lugar”.

Este “Lugar” é tão só o centro nevrálgico do nosso concelho, senão vejamos :
Onde se localiza a Câmara Municipal da Murtosa ? – Pardelhas
Onde se localizam os bancos? – Pardelhas ( sim sabemos que a Caixa de Crédito agrícola se localiza no Monte – mas só devido a movimentações pouco claras da placa de delimitação...)
Onde se localizou o Hospital da Murtosa, hoje transformado numa extensão de saude subaproveitando de forma desplicente as suas potencialidades de servir mais e melhor a população da Murtosa? – Pardelhas
Onde se localiza a Santa Casa da Misericórdia? – Pardelhas
Onde se realiza todos os anos o Carnaval infantil? – Pardelhas
E depois á noite para onde vêm os restantes grupos? – Pardelhas
Onde se localiza a colectividade mais antiga do concelho? – Pardelhas

Isto podia continuar e continuar por aí fora, mas o relato não tem por intenção menosprezar a restante composição do concelho mas tão só demonstrar a importância que o Lugar de Pardelhas tem no nosso dia a dia. O “movimento” de elevar o lugar a freguesia já existe há longa data na mentes de alguns “murtoseiros de pardelhas” e em verdade digo que faria mais sentido na orgânica do concelho a elevação de Pardelhas a freguesia que a Torreira a Vila mas isto sou só eu a pensar em voz alta...

Pessoalmente creio existirem duas enormes injustiças no nosso concelho, Pardelhas ser um mero lugar e a Praça Jaime Afreixo, mas a esta volto em segunda núpcias....
A questão que me assombra é : O que é preciso fazer para que o “movimento” de elevar Pardelhas a freguesia saia da mente de algumas pessoas e começe a tomar forma?

Se algum dia este “movimento” vir a luz do dia, terá em mim um adepto feroz e não serei concerteza o único, disso sei de fonte limpa....

sábado, julho 16, 2005

Onde está a nossa Rádio ?

A maioria dos inquiridos responderia concerteza com a localização actual das instalações da SFM, mas o âmbito da pergunta é outro.
A rádio murtoseira vive hoje sem dúvida nas telefonias e de lá parece não querer sair.

Tempos houve em que se situava num micro estúdio na avenida 29 Outubro em Pardelhas, de lá transitou para o edifício Tavares Gravato e foi lá que nasceu como Instituição propriamente dita e depois transitou para o Monte, como não poderia deixar de ser, numa simbiose não muito clara para muitos com a junta de freguesia local.
Verdade seja dito que o velhinho edifício Tavares Gravato deveria condicionar em muito o desenvolvimento da rádio, no entanto como Murtoseiro não sei se a opção pelo Monte foi a melhor para a instituição, dada a sucessão quase monárquica da sua direcção a escolha apresenta-se óbvia no entanto corre, em meu entender, algum risco de se não saber onde acaba o estado, na figura da junta de freguesia, e começa a instituição na figura da direcção ou então não ser cristalino a linha que separa o discernimento politico do institucional, não quer dizer que estas duas questões não estejam claras na cabeça dos que dirigem, não me parece é que estejam assim tão claras nos que são dirigidos ou na restante população.

A SFM não me parece que saia ao encontro da população, exemplo disso é o facto de que aparentemente o seu número cooperantes se manter quase estático.
Desconheço as regras para ser cooperante mas não creio que sejam regras elitistas nem que a cooperativa seja assim tão maçónica quanto isso. Nunca vi uma acção por forma a captar mais cooperantes i.e., quiçá isso justifique o “monoteísmo” directivo de há anos.

O que foi feito para edificar a Rádio acredito piamente que o foi com grande espirito altruísta e de sacrifício de todos os que colaboraram na sua edificação, mas para tudo há um momento e sacrifício e altruísmo não justificam concerteza o estado de “monoteísmo” directivo.

A rádio está razoável, quem a viu há 10\15 anos atrás então não se compara mas quiçá poderia estar melhor ou pelo menos mais integrada na Murtosa. Sabemos o quão o dinheiro é importante nestas coisas mas, no passado com muito menos
fez-se muito mais pois como diz a sabedoria popular. “A necessidade aguça o engenho”

A SFM faz parte integrante da história da Murtosa e não um “apêndice” da Murtosa e como parte integrante tem obrigações e deveres para com a população assim como esta tem para com a sua rádio.
Alturas houve em que havia a Rádio Saldida e a Rádio Maresia das duas sobreviveu uma com integração da outra mas talvez esteja na hora de se levantar uma pequena mareta e de se voltar a cheirar uma maresia nova p’ros lados da Saldida, hajam vontades mas acima de tudo que lhes seja dada permissão.

Os “Estados Feudais” há muito que desapareceram e não se devem confundir com “Estados Gerais”....esses também já tiveram os seus dias de glória.

segunda-feira, julho 11, 2005

A Costa de Caparica e a sua origem Murtoseira

As povoações que existiam, antes de ser criada a freguesia da Caparica, situavam-se na margem sul do Tejo. O documento mais antigo em que se encontra o nome de Caparica data 13 de Janeiro de 1529.

Em 1770, começaram a fixar-se na Costa de Caparica os pescadores do distrito de Aveiro e do Algarve.
A Costa de Caparica foi sendo povoada por gente que tentava fugir às guerras, às epidemias e às
perseguições.

Os primeiros habitantes da Caparica foram homens vindos de Ovar, Murtosa, Ilhavo e Aveiro. Conta-se que teriam sido foragidos que na Costa de Caparica encontraram um porto de abrigo. Deveriam ter sido pescadores. Paralelamente à actividade piscatória, surge a agricultura, realizada pelos pescadores, que não tinham onde ir buscar os legumes necessários à sua subsistência. Esta agricultura desenvolveu-se nas actuais “Terras da Costa”, junto à falésia, ou como é reconhecida “rocha”.

A Costa de Caparica está situada no concelho de Almada, na margem sul do Tejo.
A sua longa praia, banhada pelo Oceano Atlântico, estende-se até à Fonte da Telha, numa extensão de 25 km.
Grandes matas de eucaliptos, pinheiros e acácias, prolongam-se por uma extensão de areias finas e brancas.

sábado, julho 02, 2005

Romarias Murtoseiras

Mais uma época balnear que se inicia mais uma época de romarias á praia da Torreira que tambem tem início, com maior incidência aos fins de semana.
Seria bonito, já nem consigo adjectivar de outra forma, que este ano as asneiras que ano após ano se tem vindo a verificar no caótico trânsito que estas romarias geram não se repetissem.

Não é assim tão complicado arranjar soluções, dentro dos condicionantes geográficos, que atenuem o caos rodoviário que se verifica. Podia-se começar por uma melhor sensibilização dos agentes que são colocados na rua, já se sabe que o condutor português é arisco e arruaceiro na sua maioria, agora se os agentes tambem o são as situações difíceis tornam-se complicadas e os agentes têm a obrigação primeira de serem sensatos.

O fluxo de trânsito é outra das matérias a ter em consideração.
Existem soluções que minimizam as longas filas e ajudam a “escoar” o trânsito com maior fluídez. Se á semelhança do que já foi feito no passado, o escoamento do trânsito da Torreira for pelas duas vias de rodagem, confluindo as mesmas na zona do restaurante A Tricana, o escoamento é mais fluído, sendo que quem quer ir para a Torreira
fa-lo-á pela via “interior” com origem na zona do restaurante
A Tricana. Com a distribuição de alguns agentes pela via a orientar o fluxo o caos minimiza-se.

A Câmara Municipal tem responsabilidades nesta matéria tambem, pois tem o dever e a obrigação de conjuntamente com as autoridades locais estabelecerem um qualquer “Plano Rodoviário”, mas é de lamentar que seja muito mais fácil atribuir culpas a terceiros, como ás entidades que tutelam as vias rodoviárias e afins que impedem alargamentos e melhoramentos ( alguns veradeiras útopias ) em vez de assumir a responsabilidade de encontrar uma solução para o problema.

O verão está aí e com ele as inevitáveis romarias, acelenta-se a esperança de por ser ano de eleições, algumas das medidas acima mencionadas ou outras quaisquer, nem que seja “P’ra Inglês ver” sejam colocadas em practica.

A esperança é a última coisa a morrer, lá diz o povo na sua imensa sabedoria e aceitam-se sugestões...