segunda-feira, janeiro 30, 2006

O Marítimo vem abaixo

É triste e dramático ver o estado a que algumas das mais emblemáticas colectividades do nosso concelho chegam.
Em finais do ano passado veio á estampa o apelo dramático da direcção do Sport Marítimo Murtoense sobre o estado em que o edificio que alberga a sede se encontra.
O soalho do primeiro andar encontra-se em perigo de colapsar a qualquer momento, a situação é de tal forma preocupante que os troféus do marítimo já nem lá podem ser guardados quanto mais exibidos.

O Presidente demissionário Jorge Guimarães afirmou recentemente que nada pode a direcção fazer, foi pensado vender ou permutar a sede mas os estatutos não o permitem frisou em entrevista dada.
A solução passaria pela realização de algumas obras de sustenabilidade que “aguentassem o prédio” mas faltam os apoios financeiros.

A verdade é que quem por lá passa e observa a parte supeior do edifício só vê vidros partidos e janelas esventradas.
O Presidente demissionário da colectividade já fez um apelo á Câmara, por mais que seja pelos menos em nome de um passado com cerca de 80 anos e muita dedicação á Murtosa, que intervenha ultrapassando algumas das burocracias que impeçam uma intervenção no edifício e que de alguma forma ajudem a resolver esta questão problemática.

Tendo em conta as funções do elenco camarário, esta questão caírá sob a esfera de responsabilidades da Vereadora Aurora Matos, pensamos nós...
Ora aqui está uma oportunidade para a Vereadora justificar o encargo que a Murtosa tem com sua permanência a tempo inteiro e uma ocasião soberba para colocar em practica todos os atributos profissionais e competentes que seguramente deverá ter e que terão estado na base da decisão do Presidente Santos Sousa em a convidar a desempenhar funções na Camara Municipal da Murtosa.

Ficamos á espera para ver como se movimentará a vereadora na resolução deste caso.

segunda-feira, janeiro 23, 2006

O Peso do Crucifixo...

A propósito da retirada dos crucifixos das escolas, medida tomada pelo Governo PS alegando que o estado é laico e por isso não pode impor ás crianças desta ou de outra forma quaisquer símbolos religiosos, faltou-lhe o discernimento de fazer com que esta medida fosse abrangente a toda a acção representativa do Estado Português ou seja ficaram por “corrigir” as seguintes simbologias que são apoiadas e estimuladas pelo Estado, referimo-nos mais concretamente a :

- Feriado Nacional para celebrar a Imaculada Concepção de Cristo
- Feriado Nacional para celebrar o nascimento de Cristo.
- Feriado Nacional para lembrarmo-nos de todos os Santos Católicos.
- Feriado Nacional (numa 6a Feira, um dia de trabalho!) para reflectirmos sobre a morte de Cristo.
- Feriado Nacional para celebrar a Sua posterior Ressureição.
- Feriado Nacional em honra da Ascenção aos Céus de Nossa Senhora Maria, mãe de Cristo.
- Feriado Nacional para honrar o Corpo de Cristo
- Feriados Municipais para honrar os Santos Católicos, padroeiros das nossas mais diversas cidades, vilas e aldeias.
- A presença das 5 chagas de Cristo na nossa Bandeira Nacional
- O Monumento do Cristo Rei, na margem Sul do Tejo, um verdadeiro símbolo Cristão colocado num lugar de grande visibilidade e, certamente, muito incómodo para todos os que, não sendo Cristãos, para lá são forçados a olhar.
- À prática, comum, dos jogadores das nossas mais diversas selecções desportivas, de se benzerem enquanto em representação do nosso país.
Mais outros exemplos haverão concerteza, mas basta referenciar estes, que são os mais “descarados”…

Sendo o estado um estado de direito e por conseguinte um estado de bem, que pratica o que apregoa, certamente iremos ver o Governo a implementar no mais breve prazo de tempo a obrigatoriedade de comparecer ao trabalho todos os funcionários do Estado em todos os dias úteis que sejam considerados, por alguns, como um dia religioso, caso este seja um dia de semana. A seu tempo, eliminará estes dias do calendário dos Feriados Nacionais, promovendo, desta forma, um aumento de produtividade acentuado.
Urge também proibir todos os municípios de promoverem, tolerar, observar ou apoiar qualquer feriado de índole religiosa, sendo imediatamente abolidos os Santos Padroeiros das nossas cidades, vilas e aldeias, lá se vão as festividades do S.Paio da Torreira!

De igual forma, estamos certos que o Governo da República irá promover de imediato um concurso para a alteração e remoção de todos os elementos de índole religiosa da nossa Bandeira Nacional e de todas as bandeiras municipais que ostentem simbologia religiosa e a demolição da estátua do Cristo Rei passará, por certo, a fazer parte das suas prioridades a par do TGV e da OTA.
Deverá também o Governo instruir os presidentes das diversas Federações desportivas do País para que proíbam toda e qualquer manifestação religiosa por qualquer indivíduo que esteja em função de representação do nosso Portugal e já agora, não se esqueçam de proibir os sinos das igrejas de tocarem, a não ser em caso de fogo ou invasão de mouros ou espanhóis…

Urge á nossa Câmara Municipal adaptar-se da melhor forma possível a estas medidas por forma a enquadrar-se na Lei Nacional e certamente a adaptar as suas prioridades ás prioridades da Republica.

É triste ver o Estado Português reduzir desta forma a representatividade de um povo marcadamente católico, num país onde os sinais do catolicismo são por demais evidentes e representativos, será que agora cederá o executivo a um qualquer lobby anti Fátima? Quererá o Sr. Primeiro Ministro ignorar o significado do maior templo Mariano , se somos assim um estado tão laico como justifica a afluência do povo não há muito tempo atrás pelas ruas da capital na peregrinação da Imagem de N.S.de Fátima ? só para citar o mais recente evento.

O estado pode ser Laico, mas o POVO é católico e se o povo é o corpo representativo do Estado então algo vai muito mal nos nossos governantes…

segunda-feira, janeiro 16, 2006

Murtosa " In Blogs"...

Uma das coisas que nos deixa ainda a pensar passado este tempo todo (e já lá vai quase Um ano de blog) é que ainda existam anónimos na blogosfera espantados com o facto dos blogues terem um espaço para comentários condicionado ou inexistente.
Em primeiro lugar este espaço é apenas um espaço pessoal e dos autores.
Mas há uma coisa que percebemos desde o primeiro momento em que o criamos é que uma secção de comentários só valia a pena se realmente existisse uma discussão séria e civilizada a respeito do que escrevemos aqui.
Já dissemos várias vezes que não vale a pena ter uma secção de comentários num blog, quando a discussão que existe, não é discussão, mas sim o insulto e a calúnia debaixo da capa do anonimato. Ora uma discussão não é isto e usar um blog para caluniar os outros por tudo e por nada não é discussão, mas sim má educação. Ora o autor de um blog tem que ter responsabilidade pelo espaço que usa e acho que deve ter a sensatez para perceber que uma secção de comentários em tais circunstâncias é um péssimo exemplo de discussão.É claro que este problema existe em muitos blogs espalhados pela blogosfera e a única forma de o combater de forma eficiente é não permitir que um blog seja manchado por isso. Há quem ache que mesmo assim compensa, mas nós achamos que não. Nos imensos fóruns de discussão que existem na net quando isso acontece o utilizador é banido, na blogosfera é possível apagar os comentários, mas entre o apagar e o não apagar a calúnia pode sempre passar.Como já dissemos várias vezes não temos qualquer problema com a crítica e com a discordância ,agora obviamente não gostamos de má educação, nem de gente anónima que aproveita esse facto para caluniar sem assumir daí as devidas consequências.Enquanto a nossa blogosfera local for assim,pouco ou nada evoluirá e tendo em conta o empenho que determinados anónimos têm na arte da maledicência chegando ao ponto de conseguirem duplicar Blogger profiles é no mínimo merecedor de alguma admiração pois o trabalho envolvido em encontrar as falhas de determinados programas/sites não deve ser tão pouco quanto isso e exige alguma dedicação e se algum blog é merecedor de tamanha dedicação então o seu propósito justifica-se e embora muitas vezes seja difícil distinguir os originais das suas cópias falacciosas ( pois o esmero técnico na duplicação por vezes é soberba) o discurso torna-se por si só impossível de duplicar sendo por essa via que se desmascara quem por outrem se faz passar tentando transmitir uma imagem que em nada corresponde á realidade satisfazendo somente a sua necessidade de verter bílis…
Não estamos disponíveis para abrigar gente que não sabe discutir e que está carregada de ódio .
Falam dos outros como se fossem todos uns patifes e um bando de criminosos. E isto para nós é incompreensível e como suspeitamos infelizmente que isto nunca vai mudar na Murtosa, acreditamos que os comentários vão continuar condicionados. E temos pena que alguns blogs continuem a dar abrigo a uma secção que nunca foi de discussão, mas sim de ofensa pura e dura.

terça-feira, janeiro 10, 2006

Segurança , onde páras tú ?

A recente onda de assaltos que tem assolado a Murtosa tem levado muitos Murtoseiros a questionar a qualidade das forças policiais que têm por obrigação zelar pela segurança.

Certo é que não podem prevenir todos os crimes do concelho, pelas mais diversas razões, mas quando os amigos do alheio se sentem á vontade para perpetrar assaltos a estabelecimentos que se situam a menos de 50 metros do posto local, uma pessoa questiona-se.
Será que não se pode fazer mais e melhor ?

Os agentes são lestos em passar multas, mas isso sucede tanto na Murtosa como em qualquer outro local de Portugal (quiçá a queixa mais generalizada contra os agentes da autoridade), agora tanta falta de resultados já é pestilência. Os assaltos sucedem-se mas detenções nem uma,o flagelo da droga percorre livremente as ruas do concelho e quem lhe conheçe os meandros, por demais que se encontra referenciado, mas pouco ou nada se faz nesta matéria.
Um dia destes acontece uma desgraça e a culpa morre solteira ou dependendo dos afectados, nem por isso. Diz o povo e é bem verdade : “Quando a cera é demais queima a igreja“

Como municipes a quem nos podemos dirigir para reclamar, questionar e exigir soluções nesta matéria ?
Claramente ás autoridades competentes, mas será que segurança não é ou deve ser tambem um dos pilares a que um executivo deva estar atento e ter um plano de acções?, afinal de contas quem é que quer viver num concelho inseguro ?

Seria interessante ver tanto o elenco camarário como a oposição preocupada com esta matéria, nem que seja para a discutir...

Nós por cá gostariamos de ver alguma coisa feita nesta matéria para além de lamúrias e queixas...

terça-feira, janeiro 03, 2006

Murtosa – 2006

Mais um ano que acabou e outro que agora dá os primeiros passos.
O que esperamos para a nossa terra neste ano que agora começa?
Básicamente que seja melhor que o que agora terminou.

Que a aposta em aumentar o elenco camarário seja uma aposta ganha e não uma aposta paga...

Que o traçado do IC1 que melhor serve a Murtosa, dentro dos condicionantes conhecidos, seja defendido com unhas e dentes e até ás últimas consequências.

Que se atraia investimento para o concelho e que não se justifique a falta de coragem politica com a esfarrapada desculpa de protecção ao pequeno comércio, porque esse só se for o de beira da estrada porque o outro, o verdadeiro pequeno comércio, pouco existe no nosso concelho e não é incompatível com investimentos de envergadura cujos interesses possam eventualmente colidir com esta forma de comércio.

Que se estreite os laços entre os Murtoseiros de cá e os Murtoseiros de lá e que esse estreitar de laços não se resuma a uns cicloturismos de ocasião e a uns repastos com os Murtoseiros de lá por terras de cá.

Que se aproveitem melhor as condições que as colectividades têm para oferecer para as potenciar e dinamizar. Os eventos de 2005 foram um bom começo, mas exige-se mais, precisa-se de mais.
As actividades a desenvolver têm que ter a capacidade de mobilizar os Murtoseiros, todos os Murtoseiros e não só uma pequena casta de potenciais intelectuais, mas a população em geral em particular a mais jovem.

O ano é de crise, mas espera-se que seja somente de crise financeira e não de crise directiva, certo que a componente finaceira pesa bastante na realização de certos eventos , não pode nem deve ser a desculpa para pouco ou nada se fazer, nem para manter o mesmo nível de actividades de 2005.

Não se espera que tudo seja perfeito, mas espera-se que haja vontade e que a mesma seja claramente demonstrada.
Não serve de consolo á Murtosa dentro de 4 anos, quando julgar o actual elenco, o reprovar pois nada irá apagar os erros do passado.

Que este ano seja de afirmação e empenho na defesa dos direitos e interesses da Murtosa.

São so votos do Alma Murtoseira...