segunda-feira, maio 29, 2006

Midas das Colectividades

É de Homem…

Ele há gente assim… quase que lhe podíamos apelidar de “Midas das Colectividades” pois quando elas lhe vão parar ás mãos só conhecem um destino… O Sucesso !
De quem falamos?... Do Virgílio Marques , presidente da Direcção de “ Os Dragões da Murtosa”

A posição da Direcção de “ Os Dragões da Murtosa” face á recusa do executivo camarário em lhes atribuir subsídio é de louvar, mas acima de tudo demonstra a postura duma direcção empenhada em fazer valer os seus direitos face ao seu contributo por demais positivo para o Concelho da Murtosa.

Face ao facto de que a questão em si, que em nosso entender transcende a esfera da associação, uma vez que aborda critérios do executivo camarário quanto á atribuição de subsídios ás colectividades e por o mesmo, por decisão da direcção ter sido publicado com intuito de o dar a conhecer ao publico em geral, decidimos nós também referenciar o referido ofício enviado á Câmara Municipal da Murtosa.

Não somos e já o advogamos em “posts” anteriores, apologistas da sustentabilidade de colectividades ou associações subsídio dependentes, no entanto quando as mesmas apresentam planos de trabalho, perfeitamente estruturados e exequíveis e como no caso em questão com resultados practicos de relevo tanto para a associação como para o bom nome do concelho, devem ser recompensados, reconhecidos pelo esforço que fizeram e devidamente apoiadas.

Mais… tão firme é a posição da direcção que se predispõe a devolver á C.M.M. o dinheiro na íntegra que recebeu ao longo dos anos, bastando para tal que a C.M.M. analise a legalidade e o mérito dos subsídios atribuídos á associação até á data.

Aguardamos com interesse o desenrolar deste episódio e qual a resposta do executivo camarário face á postura da direcção da associação,no entanto lamentamos desde já a posição assumida pelo executivo camarário, pois não é assim que se trata quem se dedica e se esforça para levar o bom nome da Murtosa a bom porto e já que falamos em "Porto", caso os membros do executivo não sejam nem sócios nem simpatizantes do FCP, não creio que a direcção da associação leve isso em consideração desde que seja para ajudar e contribuir positivamente…

O comunicado a que nos referimos poderá ser lido na íntegra no site da associação : http://www.dragoesdamurtosa.com

domingo, maio 21, 2006

Alcunhas da Murtosa – Parte II

Continuando o post sobre as alcunhas murtoseiras, sempre que possível foram empregues a forma masculina, mas tomam as mesmas forma feminina quando aplicadas ás mulheres.

Geralmente a alcunha é precedida do nome próprio da pessoa para identificar com precisão o indivíduo a que se quer referir, porque os membros duma familia acabam todos por ser conhecidos pela alcunha.
Existem algumas excepções mas são raras.

« A »
Acabô – António Maria da Silva. – Por um seu antepassado empregar,a propósito de tudo, o estribilho «acabou»

Adão – Manuel Rodrigues dos Santos – Por ser descendente dum Adão.

Do Agro – João Agostinho de Oliveira – Por ser desse lugar

Alfaiata – Ana Maria da Silva – Por ser descendente dum alfaiate.

Do Alferes – João Maria Henriques – Parece que tiveram nos seus antepassados um ascendente com esse posto militar.

Amaro – Manuel Fernandes de Oliveira – Por ser descendente de Amaro.

Ancinheiro – António Maria de Pinho – Na pesca do bigão puxa ao ancinho.

Andreza – António Maria Nunes da Silva – Por ser descendente duma Andreza.

Areias – Luis Dias Pereira – Por ser um tanto maníaco.

Arenga – Augusto Carlso de Almeida – Por ser inconstante.

Argentino – Manuel Vaz de Oliveira – Por ter estado na Argentina.

Das Arraias – Manuel João Esteves Ruela – Por ser apreciador de arraias.

D’Avanca – Maravilhos Gomes de Pinho – Por ser de Avanca

« B »
Bacorita – Manuel Valente Pereira – Tratador que alegava sempre que tinha uma bacorita para tratar, quando eram solicitados os seus serviços.

Barato – António Marcelino – Por ser filho de Pai incógnito –Pai barato

Barbeiro – Jaime Augusto Rodrigues Leite – Por ter uma respeitável barba.

Barréga – José António Marques da Silva – Por falar desabridamente.

Do Bártolo – João Maria Pereira – Por ser descendente dum Bártolo.

Béco – Augusto José Fernandes Ruela – Sua Mãe era frigideira e indo á feira do Béco frigir peixe, já em estado de gravídez adiantado,lá o deu á luz.

In arquivos do Distrito de Aveiro – 1948

segunda-feira, maio 08, 2006

Megalómania Apostólica…

Ele há dias assim… há uns tempos atrás a folhear artigos á procura de material que valesse a pena realçar num post aqui no Alma Murtoseira, deparamo-nos com uma entrevista do Pároco do Bunheiro, Padre Filipe Coelho que no mínimo nos deixou perplexos.

As afirmações proferidas na dita entrevista tendem a criar a ideia de que o Bunheiro não é parte integrante da Murtosa, que o Bunheiro é um mundo á parte da restante orgância do concelho e tudo isto porque o dito apóstolo celestial, por razões mais ou menos claras, mais ou menos justificadas não consegue ver avançar um projecto, que de sua própria voz afirma estar orçado em valores nunca inferiores a 200 mil contos ( cerca de 1 Milhão de Euros ), trata-se de um Museu de Arte Sacra e a respectiva residência paroquial e zona envolvente…

Mas nada como as palavras do próprio para descrever a obra em questão :

“O projecto que está em mãos é um conjunto que descrevo como sendo a sala de visitas do Bunheiro, no qual se englobam a Capela de S. Gonçalo, a Igreja, que foi restaurada, a fonte de S. Gonçalo e onde queremos construir um espaço enorme de jardinagem, um centro de convívio em que as pessoas vão estar e, nesse espaço de convívio, estará aquilo que é um desafio para a comunidade — o museu de arte sacra e a residência paroquial”- diz o Padre Filipe Coelho, que mais adiante na entrevista esclarece :

“A residência paroquial está metida no próprio museu de arte sacra,é um projecto de grande envergadura é de facto, tanto assim que nós, por cálculos do arquitecto, não gastaremos menos de 200 mil contos.”


Esclarecida que está a obra, passamos ao porquê de a mesma ainda não ter saído do papel :

“Há entraves: a Câmara Municipal da Murtosa, nomeadamente na pessoa do seu presidente — e posso dizer que não é a Câmara, mas a pessoa do seu Presidente — pura e simplesmente está a entravar, está a adiar o licenciamento desta obra. Motivo justificado não há. Ainda há pouco tempo fui entrevistado por uma rádio local e eu digo que era uma ... teimosia do Presidente da Câmara. Para fazer o museu e a nova residência paroquial tem que, pura e simplesmente, ir abaixo uma antiga residência paroquial que não tem arte nenhuma, não tem, ao fim e ao cabo, arquitectura nenhuma; só por meros laços afectivos que alguns, nomeadamente o Presidente da Câmara, não querem que a residência vá abaixo, um edifício que os técnicos dizem ser impossível reconstruir. Ele, que é contra; como Presidente da Câmara, devia ajudar uma comunidade a crescer no seu investimento e pura e simplesmente está a adiar o licenciamento e a construção da obra”

… e continua…

“Embora ele diga que o projecto ainda não entrou na Câmara, o certo é que em Abril de 2001 entregámos em mão, um estudo prévio à Câmara Municipal. E temos tido tantas reuniões ... e a dada altura recebemos um ofício — depois de tanta espera e de exigirmos que se pronunciassem — em que o senhor Presidente da Câmara afirmou que o projecto desapareceu da Câmara; perdeu-se. E em fax da própria Câmara pede-se ao arquitecto um terceira via,entretanto o senhor Presidente afirmou que o projecto ainda não entrou na Câmara.”

…e como que num aparte:

“É que em Portugal temos que escrever um ofício. Quando entregamos em mão, pessoalmente, parece que não entra,isto é uma teimosia do senhor Presidente da Câmara.É que o museu de arte sacra não é um depósito de material sacro; é um centro cultural, porque no próprio museu vamos ter um anfiteatro para 150 pessoas sentadas. É que o concelho da Murtosa não existe uma sala dessas.Honra seja feita aos murtoseiros — e peço desculpa aos murtoseiros de outras paróquias e doutras freguesias — porquanto, de facto, o Bunheiro é que é o centro cultural, o centro artístico do próprio concelho da Murtosa.”

E como que frisando a sua afirmação anterior:

“Se formos ver onde estão as associações culturais, onde está, de facto, a cultura, o desporto é no Bunheiro, e quando uma comunidade cresce e avança e uma instituição, que é oficial, que é a Câmara, que devia dar o apoio e ser ela a oferecer o projecto, está a emperrá-lo algo está mal.Acresce que o arquitecto oferece o projecto e oferece até todo o espaço envolvente. E não é um arquitecto qualquer; é um arquitecto que dá aulas na Faculdade de Arquitectura.”

…Continuando…

“O senhor Presidente disse numa reunião, à frente de uma comissão de arte sacra e da minha pessoa, “os senhores arquitectos não percebem nada; quem percebe sou eu porque sou do Bunheiro".
“Perante uma afirmação destas ... já não se trata somente de uma teimosia, perante estes desabafos, estas situações e eu tenho aqui documentos, com datas, desde ofícios a reuniões, numa palavra, tudo eu quero dizer aos murtoseiros e em especial aos bunheirenses que não é por morrer uma andorinha que acaba a Primavera. Não é por gente que seja capaz de entravar, que seja capaz de adiar, que seja capaz de, ao fim e a cabo, quase querer acabar com uma ideia, com um projecto, que de facto, as coisas acabam. “
“As coisas vão avançar e o apelo que eu faço a todos os bunheirenses — e já lá, em Portugal, temos pessoas generosas, que são capazes, na sua generosidade, de doar todo o dinheiro, são capazes até de dar peças de arte para o museu — peço, repito, aos bunheirenses que se unam num projecto que não é um projecto do padre Filipe, não é o projecto de um padre, é um projecto da comunidade do Bunheiro; é um projecto da Paróquia do Bunheiro. Mesmo contra a maré, queremos remar para bom porto. Acreditamos que este projecto é um projecto também de Deus, porque acreditamos que aquilo que é arte e mais ainda a arte do sagrado deve ser preservado, que deve ser acolhido, que deve ser mostrado, não só à comunidade do Bunheiro, mas às outras comunidades.É que há peças de arte que se estão a perder.”

Escalpelizando só algumas das afirmações mais dignas de registo do Padre Filipe :

a) - Já que tem intenção de patrocinar uma sala com 150 lugares, concerteza que deverá ter em mente o que fazer com a sala já existente no Bunheiro ( tenha ela mais ou menos que os ditos 150 Lugares ) já para não falar na sala de espectáculos emblemática do Concelho, a Casa dos Escuteiros. Voltamos á febre que assolou o concelho há uns anos atrás, só que nessa altura eram Pavilhões…

b) – O Bunheiro é o centro cultural, artístico e desportivo do Concelho? – Perante uma afirmação destas em primeiro lugar vamos solicitar á CMM que envie para a paróquia do Bunheiro um mapa do concelho, pelos vistos escapa-lhe onde fica a freguesia do Monte e só por isso é que se justifica o seu desconhecimento sobre os feitos desportivos da A.C.D.M. , dada a sua aparente ignorância geográfica do concelho, também lhe escapa os feitos desportivos do S.M.M. e se bem que Pardelhas não é freguesia (por enquanto) só o desconhecimento da sua localização justifica a sua ignorância sobre a integração concelhia de associações como “ Os Dragões da Murtosa “ e os Núcleos desportivos do Benfica e do Sporting… (e sobre o desporto acho que estamos conversados)
– Quanto á Cultura, pois…. A Murtosa têm um Orfeão (já teve dois) , o Festival da Canção da Murtosa …. não é realizado no Bunheiro por alguma razão, nem tão pouco as festas do S. Paio o são e em Pardelhas existe um grupo de teatro activo que recentemente levou á cena em Portugal e para a comunidade Murtoseira nos Estados Unidos a mais emblemática revista Murtoseira de que há memória…

Será que se justifica um investimento nunca inferior a cerca de 1 Milhão de Euros no Bunheiro?

Parece-nos bem que se avançe para um museu de arte sacra, se a paróquia do Bunheiro tem necessidade de uma residência paroquial, pois muito bem que faça como os restantes, que avancem para a sua construção, que mobiliem os Bunheirenses a contribuir agora tudo o resto advogado pelo distintíssimo padre é pura “Megalomania Apostólica”…

Que nos desculpem os Bunheirenses, mas sem qualquer desprimor pela representatividade do Bunheiro dentro da orgânica cultural e desportiva do concelho, mandem o vosso digníssimo padre tirar umas férias pois parece que ele bem precisa delas…


N.R.
As afirmações do Padre Filipe Coelho aqui reproduzidas foram retiradas duma sua entrevista ao Jornal “Luso Americano”

terça-feira, maio 02, 2006

Dia do Trabalhador ou " The Star Spangled Banner " - By Francis Scott Key

The Star Spangled Banner, o poema de Francis Scott Key de onde foi retirado texto para o Hino Nacional Norte Americano, tambem podia ser considerado como o hino oficial do dia do trabalhador - Concerteza por esta altura uns quantos devem estar a gritar HERESIA...acredito, p'ra mais nos dias que correm ser Pro Americano não é lá muito bem visto, mas como tudo na vida as verdades doem mas são para serem ditas e expostas nuas e cruas...

Para os mais incrédulos e limitados mentalmente nestas questões, segue o relato dos factos históricos que levaram a que se celebre o Dia do trabalhador...

No dia 1º de Maio de 1886, 500 mil trabalhadores saíram às ruas de Chicago, nos Estados Unidos, em manifestação pacífica, exigindo a redução da jornada para oito horas de trabalho. A polícia reprimiu a manifestação, dispersando a concentração, depois de ferir e matar dezenas de operários.

Mas os trabalhadores não se deixaram abater, todos achavam que eram demais as horas diárias de trabalho, por isso, no dia 5 de Maio de 1886, quatro dias depois da reivindicação de Chicago, os operários voltaram às ruas e foram novamente reprimidos: 8 líderes presos, 4 trabalhadores executados e 3 condenados a prisão perpétua. Foi este o resultado desta segunda manifestação.
A luta não parou e a solidariedade internacional pressionou o governo americano a anular o falso julgamento e a elaborar novo júri, em 1888. Os membros que constituíam o júri reconheceram a inocência dos trabalhadores, culparam o Estado americano e ordenaram que soltassem os 3 presos.

Em 1889 o Congresso Operário Internacional, reunido em Paris, decretou o 1º de Maio, como o Dia Internacional dos Trabalhadores, um dia de luto e de luta. E, em 1890, os trabalhadores americanos conquistaram a jornada de trabalho de oito horas.
116 anos depois das grandiosas manifestações dos operários de Chicago pela luta das oito horas de trabalho e da brutal repressão patronal e policial que se abateu sobre os manifestantes, o 1º de Maio mantém todo o seu significado e actualidade.

Nos Estados Unidos da América o Dia do Trabalhador celebra-se no dia 3 de Setembro e é conhecido por "Labor Day". É um feriado nacional que é sempre comemorado na primeira segunda-feira do mês de Setembro e está relacionado com o período das colheitas e com o fim do Verão. No Canadá este feriado chama-se "Dia de Oito Horas". Tem este nome porque se comemora a vitória da redução do dia de trabalho para oito horas.
Na Europa o "Dia do Trabalhador" comemora-se sempre no dia 1 de Maio.
Em Portugal, segundo declarações do Secretário-geral da UGT, Eng. João Proença, "o Dia do Trabalhador é da maior importância para o movimento sindical e para aqueles que representa, mas também para todos os que defendem uma sociedade mais justa e solidária. Em Portugal é o dia em que afirmamos os valores do sindicalismo e a necessidade do progresso económico e social".
Os trabalhadores aproveitam este dia para alertar o Governo e outras entidades para algumas das suas necessidades, tais como: direitos dos trabalhadores, aumento de salários e melhores condições. Em Portugal, segundo as declarações do secretário-geral da UGT, os direitos dos trabalhadores têm evoluído positivamente, " hoje os trabalhadores vivem melhor que há 15 anos mas continuamos muito afastados da média comunitária, da qual nos estamos a aproximar a um ritmo demasiado lento. Temos maiores salários, mas continuam os mais baixos e desiguais da União Europeia; o mesmo acontece com as pensões. Os avanços legislativos não se traduzem muitas vezes na prática, face às violações sistemáticas da Lei. A sinistralidade laboral é a 1ª na Europa. A negociação colectiva começa a estar bloqueada e urge o relançamento da concertação".

Todos os anos este feriado é comemorado com a realização de algumas actividades