sexta-feira, dezembro 30, 2005

A Todos os Leitores do Alma Murtoseira, desejamos um Santo e Feliz Ano Novo.

segunda-feira, dezembro 19, 2005

Presidentes da Comissão Administrativa e de Câmara Municipal ( 1926 – 2005 )

Hoje em dia que tanto se falou e fala na nossa Camara Municipal e no seu elenco recentemente eleito, creio que poucos saberão quem foram os seus antecessores.

Fica aqui um pequeno apontamento histórico para mais "tarde recordar"

·António José de Oliveira e Guerra ( Presidente da Comissão Administrativa de 1926 a 1928 )

·Júlio Ferreira Baptista ( Presidente da Comissão Administrativa de 1928 a 1929 )

·João Carlos Henriques Tavares de Sousa ( Presidente da Comissão Administrativa de 1929 a 1930 – 1932 a 1935 )

·António Augusto Valente de Almeida ( Presidente da Comissão Administrativa de 1930 a 1932 )

·José Tavares Afonso e Cunha ( Presidente da Comissão Administrativa de 1935 a 1937 )

·José Tavares Afonso e Cunha ( Presidente da Camara de 1959 a 1963 )

·Francisco de Clamouse Browne Van Zeller ( Presidente da Comissão Administrativa de 1937 )

·Apolinário da Silva Portugal ( Presidente da Camara de 1937 a 1959 )

·António Fernando de Sousa Tavares ( Presidente da Camara de 1963 a 1967 )

·Celso Augusto Baptista dos Santos ( Presidente da Camara de 1967 a 1969 )

·Miguel Maria da Silva Portugal ( Presidente da Camara de 1969 a 1970 )

·Manuel Leite de Almeida Baptista ( Presidente da Camara de 1970 a 1974 )

·Aurélio do Patrocínio Nunes ( Presidente da Camara de 1974 )

·José Maria da Silva ( Presidente da Camara de 1974 a 1977 )

·António Joaquim Morais Tavares da Fonseca ( Presidente da Camara de 1977 a 1985 )

·Manuel Cunha da Silva (Presidente da Camara de 1985 a 1986)

·Manuel Maria Portugal da Fonseca ( Presidente da Camara de 1986 a 1990 )

·Augusto Carlos dos Santos Leite ( Presidente da Camara de 1990 a 1998 )

·António Maria dos Santos Sousa ( Presidente da Camara de 1998 a ...

quarta-feira, dezembro 07, 2005

A Murtosa de Lá e a Murtosa de Cá – Parte II

Bela frase do então presidente da Câmara S.Sousa quando se levou á cena em Newark uma peça baseada na mais que famosa Caldeirada á Murtoseira.

Não existem emigrantes de primeira nem de segunda (apesar de quem para aquelas bandas emigrou,numa célebre noite no East Side High School ter ouvido esta classificação ser proferida por um dos mais proeminentes politicos da nossa praça,hoje candidato a Presidente da Republica, mas isso são outros desagravos...) mas é inegável a importância que assumiu a emigração Murtoseira para os Estados Unidos em particular a que fixou residência em Newark. É de tal forma reconhecida a sua importância que Newark e a Murtosa se geminaram.
Mas será que essa geminação trouxe os de lá mais perto dos de cá e vice versa?
Honestamente creio que não. Para os de lá os tempos são outros, as facilidades são outras hoje com as novas tecnologias disponíveis como a internet estreitarem as distâncias, para os de cá os tempos são os mesmos ou seja só se lembram dos de lá quando precisam de “cash” para esta ou aquela obra ou então quando os de “lá” visitam a terra e se promovem os diversos convívios de emigrantes, que ciclicamnete vemso todos os anos por altura do verão.

Não é concerteza pelos “emigrantes primeiros” que se vão aproximar os de “lá” com os de “cá” a aproximação terá que se feita e deverá ser feita pelas gerações seguintes dos que emigraram, a maioria deles nascidos fora da Murtosa e com um vínculo muito ténue á terra dos seus pais e avós. Acham que é só por causa da valorização do Euro face ao Dollar que já não vemos as “hordas” de americanos na Murtosa na época de verão?
O desapego começa a tornar-se por demais evidente. Fazem-se reportagens sobre os antigos emigrantes (há uns tempos a revista do do jornal “O Correio da Manhã” fez extensa reportagem sobre a matéria), falava-se inclusivé dos que ainda hoje emigram para os Estados Unidos, das razões que os levam a abandonar a terra natal e das dificuldades que encontram e superam, mas todos se esquecem e sempre esqueceram aliás dos filhos dos emigrantes que adoptaram a Murtosa e Portugal como sua terra natal, ( o outro lado da emigração) mais se esqueceram dos que sem ter a necessidade de sair de Portugal tiveram a necessidade de sair da Murtosa para fazer vida noutras regiões do País, desses não se fala, as dificuldades que tiverem que ultrapassar para singrar na vida não são objecto de reportagem e as saudades que sentem da Murtosa não são iguais aos restantes que dela tiveram que abdicar....

Que tenha conhecimento creio que se faz em Lisboa todos os anos um encontro de gentes da Murtosa e Estarreja mas é um encontro que passa por completo á margem dos que por cá moram, não tendo inclusivé a relevância duma festa das enguias.... Em 2001 fez-se o mais dificil que foi levar ás gentes de Newark uma encenação da Caldeirada á Murtoseira a que graciosamente apelidaram de “Murtosa Revisitada” ,conseguiram mobilizar gentes do outro lado do atlântico, preparar a logística de um evento do género com cenários mandados fazer de propósito e enviados de Portugal, associado ao alojamento da comitiva e tudo o demais, mas não se conseguiu levar a mesma “entourage” a organizar-se e mobilizar-se para levar a peça aos Murtoseiros deslocados noutros pontos do País, i.e. integrada no tal convívio anual feito em Lisboa, nem disso se lembraram ou então ir a Lisboa, ao ao Porto e a outros pontos do País onde exista uma concentração de Murtoseiros não é tão apelativo aos “artistas” como uma viagem aos Estados Unidos....

Por isso digo, repito e subscrevo vezes sem conta a sabedoria marinhoa nesta matéria : “Ai Murtosa que és tão boa Madrasta mas tão fraca Mãe”

domingo, dezembro 04, 2005

Centro Recreativo Murtoense (C.R.M.)

Se perguntar a muitos Murtoseiros qual é a colectividade mais antiga do Concelho seguramente que a maioria não saberá que é o CRM.

É sem sombra de dúvidas a colectividade com o histórico mais rico do concelho.Foi nas suas instalações que os percursores se reuniram quando nas suas cabeças geminava a ideia revolucionária de um concelho da Murtosa.
Os mais famosos bailes do concelho eram os realizados no CRM, vinha gente de todos os lados, desde Ovar a S.J. da Madeira, pois as “cachopas” da Murtosa tinha a fama de serem bonitas.

Já poucos se lembram desse passado longínquo, mas num passado não assim tão longe, foi das hostes do CRM que saíram campeões de badminton a nível nacional e num passado ainda menos longe que esse, antes da proliferação de cafés pela zona era no CRM que se juntavam todos, novos e velhos uns a jogar cartas, outros bilhar outros a namorar ou simplesmente a conversar com amigos pois era o ponto de encontro das redondezas.

Para esse género de “actividade social” creio que o CRM já viu o seu apógeu e hoje é uma colectividade moribunda que só ainda não morreu devido á tenacidade de umas quantas Murtoseiras que teimam em não deixar morrer este património Murtoseiro.
A Câmara, proprietária do imóvel, pouco se tem limitado a fazer, de quando em quando lá se utilizam as suas instalações para uns “saraus” culturais mas pouco mais que isso.

Uma pena pois o edifício tem potencialidades para ainda servir utilmente o concelho, quiçá agora que está em voga a figura do Dimas Macedo, dado que o painel sobre o palco data da sua juventude a Câmara, a pretexto de salvaguardar tão precioso bem patrimonial se interesse mais sériamente pelo CRM e realmente faça algo de util e com valor acrescentado na colectividade, agora que estão em início de mandato vereadores com tanto a provar aos municipes...

Resta a esperança, embora cada vez pareça mais vã, de que a colectividade não tenha que chegar a uma estado de abandono como e edifício Tavares Gravato para que se lhe dê alguma utilidade, muito antes disso acredito piamente que o CRM, num novo enquadramento, ainda terá muito que dar á Murtosa e fazer jus ao segundo artigo dos seus estatutos onde reza que o fim principal da colectividade é proporcionar a todos (.../...) o maior número de distrações admitidas na boa sociedade, cultural física e intelectual.