segunda-feira, outubro 29, 2007

Só faltam 19 Anos...

Celebram-se hoje os 81 anos de elevação da Murtosa a Concelho, foi a 29 de Outubro de 1926.
O “Programa de Festas” começou ás 09:30 com o hastear das bandeiras no edifício dos Paços do Concelho, seguindo-se a tradicional deposição de uma coroa de flores junto á estátua de Jaime Afreixo, na praça de Pardelhas, estátua essa da autoria do escultor H.Moreira, inaugurada em 1951 aquando das comemorações dos 25 anos de elevação a Concelho, destronando para os anais da memória a bela Varina, mas que triste sina a dela… Seguir-se-á depois pelas 10:00 uma recepção aos alunos da escola EB1 de Pardelhas no salão nobre dos Paços do Concelho e pelas 21:00, também no salão nobre, uma sessão solene, evocativa dos 81 anos da nossa Murtosa, durante a qual será imposta a Medalha de Mérito Municipal ao Rancho Folclórico “ As Andorinhas de S.Silvestre”, seguindo-se uma actuação do grupo, e tá feita a coisa…

Existirão contudo algumas considerações a ter em conta por aqueles que pretenderem participar nestas celebrações, a nosso ver:
- Todos os Murtoseiros que quiserem participar nas celebrações terão que se inscrever previamente.
Porquê?
Porque como a Murtosa é um concelho vocacionado para a mobilidade (como tão bem explícito ficou na F.A.R.A.V.), só se poderá aceder aos Paços do Concelho e ao salão nobre de bicicleta, assim inscrevendo-se antecipadamente, saber-se-á quantas terão que ser disponibilizadas e a quem…sic…
- Todos terão que ser portadores de um terço.
Porquê?
Para poder rezar condigna e fervorosamente, pedindo um milagre, caso alguma alma peregrina se lembre de começar a falar em cultura e desenvolvimento.
- Não será preciso levar dicionários. Existirão auriculares com traduções em tempo real de Venezuelano/Português caso surja a necessidade.
- Serão de igual forma disponibilizados, óculos especiais com efeitos 3D. Assim se assegurará que o participante consiga associar as imagens ás palavras quando se começar a exultar o progresso da Murtosa. De salientar que por dificuldades técnicas e de orçamento, só estarão disponíveis imagens da Murtosa até meados da década de 80…

Se á Varina, que por tantos e tantos anos embelezou o centro da vila, fosse dada a oportunidade de voltar ao lugar que por direito próprio é seu, seguramente que só amarrada se manteria lá, pois para onde quer que o destino a tenha levado, vendo no que a sua bela e amada Murtosa se transforma, seguramente só teria vontade de fugir a sete pés….ou não…quiçá não lhe desse vontade de mais uma vez rebentar com as amarras que ancoram a Murtosa e os Murtoseiros a um destino ingrato…

Para nós que por aqui andamos…
Devolvam o centro de Pardelhas ao seu legítimo dono.
Que se reponha a estátua da Varina no seu devido e honrado lugar e com todo o respeito que nos merece o Exmº Almirante, que seja no centro da freguesia, que também é sede de concelho que a estátua em sua homenagem seja colocada…!

Para o ano celebramos 82 anos e haverá mais, só esperamos que não seja do mesmo!

segunda-feira, outubro 22, 2007

E se....

Deu-nos que pensar o post que publicamos com o título “ A caminho de Ontem” ao ponto que resolvemos elaborar este, com intuito oposto.
Se serão exequíveis as ideias aqui elaboradas, honestamente não sabemos, pelo simples facto de que não sabemos o que vai nas “catacumbas” dos Paços do Concelho, mas que em teoria o são….lá isso são, senão vejamos:

1º - Em Estarreja implantaram-se o Pingo Doce, o LIDL, o Intermarché, médias superfícies a actuarem na mesma área e focadas no mesmo universo de consumidores, Estarreja e arredores. Em Ovar, no Centro Comercial Dolce Vita, encontra-se instalado o Continente, aqui um “Tubarão das Grandes Superfícies” a actuar na mesma área e focado de igual forma practicamente no mesmo universo de consumidores.
O que é que estas 4 entidades têm em comum? Ignorando a constatação óbvia, estas empresas competem todas entre si!!!

Assim sendo aqui se apresenta uma oportunidade para a Murtosa, pensamos…
Quem é que falta nesta guerra de melhores preços? O Jumbo…

- Será que alguém do nosso executivo camarário já se lembrou de abordar os responsáveis por detrás desta empresa e lhes fazer uma proposta para se implantarem no concelho? Qualquer coisa tipo:

a) - A Murtosa cede o terreno, salvaguardando a sua mais valia em favor do concelho.
Num qualquer futuro distante a empresa decide por alguma razão deslocalizar e as instalações revertem sempre a favor da edilidade.
b) – A grande superfície estaria isenta ou então sujeita somente a valores mínimos de contribuição autárquica e demais impostos locais durante os primeiros 5 ou 10 anos da sua permanência.
c) – 70% a 80% dos postos de trabalho criados teriam que ser afectos a residentes no concelho da Murtosa

Qual a mais valia de uma proposta para uma empresa destas?
Ganhar vantagem sobre a sua concorrência directa a custos reduzidos de implementação (o que seguramente aconteceu em Estarreja), por outro lado imagine-se o que aconteceria por exemplo no verão: Dada a afluência diária de gentes ás nossas praias, não seria tão conveniente que precisamente a caminho de casa ou da praia pudessem parar no Jumbo e fazer as suas compras?

Imagine-se por “arrasto” a Gelcampo (logo ali ao lado…), empresa certificada e de qualidade reconhecida… quanto não valerá para uma empresa da dimensão do Jumbo, a possibilidade de adquirir produtos frescos e de qualidade, mas a mais valia nem está nos produtos em si, está sim no facto de que não teria concerteza de comprar em grandes quantidades,poderia comprar numa base diária e por conseguintes não ter grandes stocks e por inerência capital parado. Poderiam comprar á medida das suas necessidades e não ter elevados custos de inventário, houvesse esperteza e sagacidade em explorar este tipo de potencialidades que obviamente não se resumiria a postos de trabalho directo as potenciais mais valias.
O que queremos aqui chamar á atenção é que:
1º - Existem oportunidades de desenvolvimento, temos é que ir á procura delas e não ficar á espera que nos “caiam” do céu.
2 º Seguramente muito Murtoseiro ficaria menos aborrecido, se confrontado com um executivo que tem efectivamente ido á luta, mas que por condicionantes de mercado ou por falta de infraestruturas não somos de facto um concelho onde estão reunidas as condições para uma implantação desta natureza, em detrimento de não se mexer em sentido nenhum e de nada fazer. O sentimento generalizado seria o que de estamos a tentar e vamos continuar a tentar.
3 º Não nos venham com a triste e peuril semântica da protecção do pequeno comércio.
Pergunta: Não existe pequeno comércio em Estarreja? Fecharam todos? Dentro das possibilidades há que efectivamente acautelar e de certa forma proteger este segmento de comércio, no entanto nunca sacrificar um bem maior e prol deste, por muito que custe a alguns proprietário deste tipo de comércio.

Se esta proposta é capaz de ser levada á practica ou não, pelas razões expostas no início do post, obviamente não sabemos, mas seguramente que é uma ideia viável e que valeria bem a pensa perseguir, pelo menos que sirva o propósito de colocar alguns Murtoseiros a pensar e a sonhar um pouco…

E se….?

terça-feira, outubro 16, 2007

Fuga D'Almas

Os meios existem, o equipamento foi construído de raiz e as condições são excelentes…, assim sendo como é que se justifica que as preferências de ensino secundário recaiam nos estabelecimentos do concelho vizinho?
Foi correcta a decisão do executivo em não conceder subsídios de transporte ou outros quaisquer subsídios a quem optou pelos estabelecimentos de ensino de Estarreja em detrimento da Escola Pde. António Morais da Fonseca.
Não se discute a quem compete o direito de decisão, seja pelas porque razões forem esta irrevogavelmente compete aos pais dos alunos, no entanto não existem decisões sem consequências…
Pese embora este tipo de decisões são como os gostos pessoais, “cada um é como cada qual”, pode-se questionar, em nosso entender, o que gostamos de apelidar de “orgânica do ensino” no Concelho da Murtosa.
Sem recorrer ás estatísticas oficiais de INE’s e afins e usando somente algum do bom senso que a matemática nos permite…
O nosso concelho, mais mil menos mil, tem uma população que ronda os 9-10-11 mil habitantes onde obviamente nem todos estão em idade escolar. Assumimos, só para efeitos de discussão que 50% da população está em idade escolar, isto representaria um universo de cerca de 3,4 -5 mil habitantes, destes deveríamos aferir quantos estão em idade pré-escolar, quantos em idade de ensino básico,quantos em idade de ensino secundário e quantos em idade de ensino superior. Sejam quais forem as percentagens a que se chega, vendo a rede escolar actualmente existente na Murtosa podemos concluir (com alguma margem de erro naturalmente, dado tipo de análise que fazemos mas no entanto com alguma validade) que a rede de escolas primárias dispersas pelas diferentes freguesias satisfaz as necessidades existentes a esse nível de ensino e que a Escola Pde Antº Morias da Fonseca, ao nível do concelho satisfaz as necessidades existentes para o tipo de ensino que proporciona, tudo isto obviamente em nosso entender…
Assim sendo porque é que os pais terão optado em colocar as suas proles em Estarreja ao ponto de não haver alunos suficientes para justificar a situação que se vive hoje no referido estabelecimento?
Por outro lado poderemos sempre questionar se efectivamente, i.e. se justifica a existência de um estabelecimento de ensino na freguesia da Torreira, com as mesmas valências da Pde.Antº Morais da Fonseca. Será que a população estudantil da Torreira justifica ou justificou um estabelecimento de ensino de raiz só para servir aquele nicho de população? Caso todos os estudantes da Torreira tivessem que se deslocar até á Murtosa, os custos em subsídios seriam assim um encargo tão grande que uma construção de raiz se justificava?
Em resumo será que temos a nossa rede escolar optimizada ás nossas necessidades actuais e futuras? A nós quer parecer que em certas áreas de ensino se encontra sobredotada. Isto quase nos faz lembrar o “boom” dos pavilhões da década de 80, cujo resultado, passado estes anos todos, foi a existência de alguns destes equipamentos polivalentes sem qualquer utilização ou seja e resumindo uma necessidade desnecessária e uma gestão absolutamente desadequada de dinheiros, sejam eles de que proveniência forem…
Não podemos discutir as preferências dos encarregados de educação quanto á sua decisão em não colocar a sua prole nos estabelecimentos da Murtosa, as decisões são pessoais, mas podemos sempre analisar comparativamente se a qualidade oferecida é de igual nível ás dos estabelecimentos para onde as nossas “almas fogem”, isto podemos e devemos analisar e não nos limitarmos a constatar um facto e a queixarmo-nos dele.

OK temos um problema entre mãos, está identificado…muito bem.
Temos Soluções?

segunda-feira, outubro 08, 2007

S.Paio da Torreira 2007 - EPÍLOGO

Errar faz parte de qualquer processo de aprendizagem.
Errar sucessivamente o mesmo ponto é descúria e raia a incompetência ou então existem “verdades” por detrás desta inoperância, deste “deixa andar” que honestamente custa entender.
Já vimos esta situação suceder o ano passado e este ano voltamos a ver repetida a façanha.

Quando o S.Paio edição 2006 terminou, o nosso areal em frente aos bares da praia estava uma lástima. O “tapete” de restos copos partidos era no mínimo uma visão desoladora, o areal mais parecia um qualquer crivo.
A Câmara Municipal antes do início da época balnear deste ano lá deve ter procedido á limpeza do areal, pois felizmente quem optou por fazer praia na Torreira deparou-se com um areal limpo. Os custos foram suportados por quem? A saber pela edilidade, caso estejamos equivocados, que nos corrigam a afirmação e nós por cá estaremos para rectificar e nos retratarmos…não nos parece que será esse o caso.

Finda a edição 2007 do S.Paio e num passeio agradável numa tarde de domingo pela Torreira, olhamos para o areal e o que é que vemos? Uma reedição do ano passado.
Um areal em frente aos bares da Praia num estado lastimável. Funcionários da Câmara procederam durante o S.Paio e ainda de madrugada á limpeza do areal, com excepção das zonas em frente aos bares da praia, essa limpeza deverá (ou deveria) ser da responsabilidade dos concessionários, escusado será aqui dissertar os porquês….
Mas será que não aprendemos com o exemplo do ano passado?
Mas afinal que Gestão Ambiental professa o nosso executivo, quando permite ano após ano que o mesmo cenário se repita e os infractores impunemente voltem ao “Local do Crime”?
Será que o responsável pela Gestão Ambiental do município sabe que existe gestão ambiental para alem das operações de Margem Limpa? Aceitamos que a quem mais não sabe mais não se pode exigir, mas achamos que já teve mais que tempo suficiente para aprender e caso tenha dificuldades de aprendizagem, o que parece ser o caso, então que seja inteligente e tome a decisão inteligente que impera tomar...
Que os funcionários do executivo limpem o areal..., não deviam, mas prontos, mas ao menos que tenhamos a coragem de imputar os custos dessa limpeza a quem de direito.

Quanto custou a limpeza do ano passado?
Foram esses custos imputados aos donos das concessões?
Porque é que se permite que a mesma situação se repita este ano?
Têm receio do quê?
Até parece receio que os senhores donos das concessões abandonem as mesmas e invistam por outras paragens… “Pelo Amor da Santa”…

É a isto que se reduz a Murtosa e depois ainda nos admiramos das figuras que andamos por aí a fazer pelas F.A.R.A.V. e afins…
Curioso é que aqui sim, deveria a oposição atirar-se com unhas e dentes no entanto o silêncio parece ser de Ouro.
Pode ser que quando o Monte Branco estiver “operacional” e num S.Paio qualquer, quem ficar com a concessão do bar que por lá se projecta deixar o areal do Monte Branco como ao dia de hoje podemos encontrar o da Torreira, se “alevantem” as vozes e se rasguem as vestes…

Até lá, sujeitamo-nos a ver aquilo que é nosso, desprezado, vilipendiado, maltratado... e pior... com a conivência de quem tem por obrigação zelar pelos nossos melhores interesses.

Arre que com amigos destes quem é que precisa de inimigos ?

terça-feira, outubro 02, 2007

Plano Municipal de Emergência

Fomos verificar o “link” existente no site da Câmara Municipal da Murtosa, que nos dá acesso á área de Protecção Civil da Murtosa e subsequentemente ao Plano municipal de Emergência da Murtosa.

Para começar, o documento disponível é a Proposta de Revisão datada de Outubro 2006 e são logo 28 Páginas, sendo que só a partir da página 21 é que se começa a vislumbrar informações sobre a orgânica deste plano, até lá o documento retrata um relato geográfico,histórico, objectivos e legislação aplicável, rementendo para o site do Serviço Nacional de Bombeiros a refª permanentemente actualizada da legislação em vigor.

Nas páginas 15 a 19 são identificados os potenciais riscos a ter em conta.
Na página 21 fica-se a saber como é que está estruturado hierarquicamente o designado Centro Municipal de Operações de Emergência e Protecção Civil e como funciona.
Na página 22 fica-se a saber quais são os níveis de emergência considerados e como o mesmo plano é activado.
Nas páginas 23 e 24 ficamos a saber o que fazem os Serviços Municipais de Protecção Civil quando é declarado uma emergência.
Na página 25 temos um quadro genérico designado por “ Guião Operacional do Plano”
Nas páginas 26 e 27 temos um capítulo superiormente designado por: Administração, Responsabilidade Financeira e Logística (Anexo IV) e finalmente na página 28, no último capítulo desta saga temos Informação Pública (Anexo XIV) subdividido em meios de aviso ás populações e orgãos de comunicação social.

Que o documento está bem estruturado concordamos, agora que serve a população Murtoseira que o consulta…nem por isso mas está bem, mas acima de tudo o que nos preocupa é o seguinte:
Será que já foi testado?
Será que o executivo já fez algum simulacro (não preparado claro) de modo a detectar as eventuais falhas e implementar eventuais acções correctivas de modo a melhora-lo?

Que se pense nisto um pouco da próxima vez que tivermos uma daquelas chuvadas que inunda tudo e todos ou quando as marés da Ria subirem a níveis preocupantes, imaginem essas situações extrapoladas a níveis que justifiquem o Plano de Emergência Municipal ser accionado e imaginem o que será se o mesmo, embora estruturalmente no papel esteja muito bem elaborado, na practica tem pouca ou nenhuma utilidade funcional.

Pensem nisso um pouco….