sábado, junho 25, 2005

Escola Pardelhas – Monte ( II )

Voltando ao tema e para o encerrar, resta lembrar que lançada a primeira pedra a 2 de Março,corria ainda o ano de 1930 e pelas 20:45 do dia 28 de Julho, no Rivoli Hall situado no 209 Ferry St. em Newark, N.J. USA, dava inicio uma récita a favor da escola
Pardelhas-Monte.

O Programa dividia-se em três partes :
A primeira parte seria uma adaptação cénia da poesia de Augusto Gil “ Cinturinhas da Murtosa”, onde os tres personagens em cena de destaque foram :
Uma cinturinha da Murtosa representada por uma Srª Deolinda Nascimento,
Um Americano representado por um Sr. João Oliveira, Um portuense representado por um Sr. Manuel Fernandes, compunha-se o resto do elenco por figurantes de populares, tricanas e afins.
A segunda parte seria composta por um drama em tres actos. Um original de Henrique Peixoto intitulado : “Golpe Mortal” O drama desenrolava-se numa casa pobre do bairro de alfama, em Lisboa. Durante o 3º acto ouve-se entre cenas o fado corrido que seria cantado pela distinta cantora de fado Dª Francelina Cunha.

Durante o intervalo tocaria uma orquestra dirigida por um tal de Sr.A.Baptista

A terceira parte seria por inteiro ocupada pelo discurso do Dr.F.Rendeiro

Muitos dos comerciantes, que provavelmente só existem hoje na memória de muito poucos anunciaram no panfleto que foi elaborado para o efeito, desde o “Mercado de Peixe” de Joaquim Lelinho na Ferry Street ao “Recreio dos Portugueses” de F.Rendeiro e J.M.Picado na Market St, passando pela “Sapataria Portuguesa do Ironbound”
Fica aqui um pouco da História de um dos marcos emblemáticos de Pardelhas ,para mais tarde recordar.

sábado, junho 18, 2005

Escola Pardelhas – Monte ( I )

“ Esta casa de ensino primário, cuja edificação se inaugura solenemente neste dia, deve preencher uma das mais fulgurantes páginas da história contemporânea local e será uma glorioso padrão a atestar ás gerações vindouras e profundo sentimento bairrista dos filhos desta bela nesga de Portugal, que a mais linda Ria do Mundo – Ria de Sonhos e encantos – acaricía e beija em meiguices de noiva formosa.”
Do discurso pronunciado pelo Sr.Julio Baptista – Presidente da Comissão administrativa das obras da escola primária Pardelhas-Monte durante as cerimónias do lançamento da primeira pedra, conforme foi publicado ao
“Progresso da Murtosa” de 2 de Março de 1930

Meses antes da récita e do lançamento da primeira pedra, dizia o ilustre Dr. Carlos Barboza a
19 Janeiro 1930 ao Progresso da Murtosa:

“ Não há palavras que dêm vida a uma ideia nem convicção que a ampare, quando a sensibilidade dos homens não vibra ao seu contacto. Amortece e morre como as rosas a que faltaram a seiva da terra e o calor do sol. Pode ser generosa, levantada mas não triunfa, se a alma do povo não a acolhe, sentindo a sua verdade, reconhecendo o seu alcançe.
Com esse acolhimento contamos quando um dia resolvemos submeter á consciência dos filhos da nossa terra a ideia da construção de uma escola entre Pardelhas e Monte”

Na mesma edição , M.Lopes Pereira escrevia :

“ Se as circunstancias mandam, como é certo, a vida da nossa terra, o seu futuro, o seu ascender continuo pelo caminho de um progresso radioso, impõem a que todos nós nos agrupemos d’alma lavada e sã, na comunhão sagrada das mesmas aspirações, e nos unamos firmes, todos num, á volta do altar cujo sacrário recebemos o nome, para o defendermos dos inimigos que o espreitam, invejosos da sua gradesa e prosperidade. “


São estes fragmentos de um passado esquecido que resolvi trazer uma vez mais á luz do dia...

terça-feira, junho 14, 2005

Murtosa Remodeladamente Encantada

Quem hoje visita ou revisita a Murtosa já a vê de cara lavada.
Monte, Murtosa, Torreira, Bunheiro e a minha BELA Pardelhas com as suas obras de beneficiação concluídas (convém porque estamos em ano de eleições autárquicas).
Podemos contestar esta ou aquela opção nas diversas soluções adoptadas mas não há alma nesta terra que não concorde que vieram beneficiar este nosso canteiro.

Pouco tenho ido á Torreira mas do que tenho visto nada me leva a tecer qualquer reparo, do Monte só tenho pena a questão dos passeios ao longo da avenida, desde a rotunda do depósito da água até ao café Guedes parecem-me mais largos, parecem, tirando a questão das árvores (que todos os “bloguistas” Murtoseiros fizerem questão de apontar, mas que já lá “moram” novas), faltou-lhes a nota sobre os estacionamentos (se não faltou então fui Eu que não os vi) ou seja quem circula na avenida, por vezes é confrontado com 2,3,4 e 5 viaturas estacionadas e até camiões, escusado será dizer que quando UMA viatura se encontra estacionada a circulação fica logo condicionada, quanto mais com a quantidade acima descrita, daí que a Avenida do Monte ganhou uma utilidade nova com estas obras de beneficiação, tornou-se uma enorme pista de gincana....os “ases do pedal” armados em Michelle Mouton agradecem.

Do Bunheiro nada posso opinar pois já nem me lembro da última vez que por lá passei e da minha bela Pardelhas, bem...Que a avenida 29 de Outubro está bonita de se ver (gostos não se discutem), está, pena a opção do arranque das árvores pois já não será no meu tempo útil de vida que voltarei a ver a avenida com as árvores frondosas de outrora, mas a minha prole e a prole da minha prole irá concerteza. Da praça propriamente dita acho que num outro contexto de uma outra vila a solução encontrada seria bem vinda, para Pardelhas acho que existiriam outras soluções mais pacíficas, mas prontos... a opção pelas ditas “barrigas” é que ainda me custa a digerir dado que ainda não descortinei a sua utilidade publica, se bem que os beneficiados directos pelas barrigas façam parte do público, creio que a opção teria sido bem melhor se fosse dirigida ao “Publico em Geral”, creio ainda ter tempo útil de vida para um dia descortinar a sua utilidade.......publica. Se a limitação ao estacionamento na Praça de Pardelhas visava descongestionar aquela zona então que se tivesse tido a coragem de fechar a área ao trânsito em geral desde a ouriversaria até ao Supermercado de Pardelhas ficando toda a “zona interior da Praça” vedada ao trânsito em geral com acesso só permitido a moradores e a cargas e descargas, o acesso rodoviário á Praça para quem viesse pela Carlos de Sousa Ferreira far-se-ia via a rua Luis de Camões, onde o condutor no cruzamento com a Rua dos Percursores viraria á esquerda em direcção á Praça.
Na pratica a circulação rodoviária far-se-ia pelo ”exterior” da Praça enquanto a parte “interior” seria primordialmente pedonal, uma solução mais ou menos na linha do que se optou por fazer na Torreira quando se vedou ao trânsito as duas vias circundantes á Varina criando uma boa área pedonal que hoje ninguém questiona a sua utilidade, mas fazer isso em Pardelhas seria exigir coragem a mais em particular num ano de eleições.

domingo, junho 05, 2005

Quotas Leiteiras

Uma vez que vamos, segundo o nosso primeiro, ser submetidos não ao tão propalado choque tecnológico mas mais a um choque económico dado o estado da Nação, temos e devemos todos contribuir para erguer a nação do "pântano" em que se encontra.

Dada a ruralidade da nossa terra, nada melhor que encontrar uma forma de contribuir nessa área, podendo inclusivé esta ser adoptada pelo grémio do Bunheiro, uma vez que as últimas que "deram á costa" numa entrevista na comunicação local não auguram futuro brilhante...

Encontrei a solução para a problemática das quotas leiteiras num estudo cientifico realizado por investigadores da Universidade de Leicester , situada em terras de sua majestade.

Mais... este estudo resolve a problemática das quotas leiteiras em toda a sua largura, pois permitirá a cada produtor de leite fazer com que as suas vacas produzam somente o leite necessário sem excedentes ou falta.

O título do estudo chama-se “ O Mais Ruidoso”,(quiçá a razão porque passou despercebido).
Os investigadores desta prestigiada Universidade submeteram uma manada de 500 vacas a um teste de música. Durante 12 horas, parte da manada ouvia musica do estilo “Chill out” e a outra parte ouvia musica “Heavy Metal”
Concluiram estes muy doutos investigadores que as vacas submetidas á musica estilo “Chill Out” produziram mais 3\4 de litro de leite..........

Ora, tendo nós uma rádio local na Murtosa, esta poderia claramente fazer jus á designação de :”Instituição de Utilidade Pública”, assim
tudo o que os produtores teria que fazer era levar uns rádios p’ras zonas de pastagem, sintonizarem a SFM, esta colocar a musica préviamente acordada tipo das tantas ás tantas horas passa musica de fazer leite e das tantas ás tantas passa musica de não fazer leite, adequando-se o estilo de musica e o periodo de exposição ás suas necessidades, poderão os criadores, com a ajuda inestimável da nossa rádio,produzir uma maior ou menor quantidade de leite consoante as suas necessidades.

Esta pesquisa fez parte de uma selecção criteriosa das 4 investigações mais inúteis de 2004.

Quem sabe se não resulta na Murtosa?, pelo menos colocavam-se algumas instituções a fazer algo de útil. . . em prol da Murtosa. . . .